Hoje, o perfil da mulher é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade como os homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona do lar. Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas.
Quando falamos em poder feminino, a questão mais evidente é a crescente dedicação das mulheres ao trabalho, o que garantiu sua definitiva inserção na esfera pública. Nas últimas décadas, o crescimento da taxa de atividade das mulheres vem sendo acompanhado de outras estatísticas favoráveis à qualidade de vida do grupo, como a redução da fecundidade e o aumento na esperança de vida e no nível educacional.
Infelizmente, as mulheres continuam ganhando cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função.
Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres.
Embora exista certa discriminação quanto a sua atividade, elas estão construindo um espaço muito grande em áreas que antes eram redutos masculinos, além de estarem conquistando o respeito e o reconhecimento da sociedade, graças ao profissionalismo e competência. Também já se evidencia o crescimento do número de mulheres que ganham mais que o marido. Desta forma, o grande desafio dessa geração é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Pelo menos, as mulheres provaram que, além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas, engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de homem algum. Revela-se a evidência de que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história.
Rendamos homenagens às mulheres que superaram os obstáculos de gênero impostos pelas sociedades patriarcais e machistas que, durante anos, limitaram a atividade feminina à esfera doméstica e reduziram as
possibilidades educacionais e profissionalizantes da mão de obra feminina. Parabéns, às mulheres trabalhadoras e profissionais, continuem na luta por mais trabalho, e pela não discriminação no campo laboral entre homens e mulheres.
PROFª DRª MARIA DO
LIVRAMENTO F. FIGUEIREDO
CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/UFPI
Nenhum comentário:
Postar um comentário