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Aniversário de Lili Castelo Branco


Para registrar a data 11 de fevereiro, que marca o nascimento da escritora de saudosa memória, Lili Castelo Branco, que se viva estivesse estaria hoje completando 116 anos, transcrevemos os dados de sua existência para que seja sempre lembrada aquela que muito nobilitou a Academia Piauiense de Letras. Lili Castelo Branco foi nascida no Distrito de São Martinho dos Silvares, na cidade de Fafe, Norte de Portugal, a 11 de fevereiro de 1896, falecendo em Teresina a 25 de novembro de 1993, aos 97 anos, ainda lúcida e perfeita em suas faculdades de percepção da vida.

Veio com os genitores para o Brasil em tenra idade, aos três meses. Seus pais José Gonçalves Leite e Ermelinda Barros de Oliveira Leite mudaram-se para o Brasil fixando residência em Belém do Pará, Brasil. José Gonçalves Leite se inseriu no ramo comercial da compra e beneficiamento sumário da borracha, tendo angariado boa fortuna.

A mãe, Ermelinda Barros de Oliveira Leite faleceu já em Teresina, em 30 de maio de 1922. Ermelinda foi título de obra prima de literatura, segundo Clidenor de Freitas Santos, potestade da Academia Piauiense de Letras. Lili Castelo Branco desde cedo viu despertada sua vocação literária. Produziu trabalhos muito elogiados e publicados em jornais e revistas de todo o País. No Pará, foi secretária da Legião Brasileira de
Assistência, e enfermeira voluntária no Hospital de Guerra de Val-de-Cãs, durante a segunda Grande Guerra. No Piauí, pertenceu à Academia Piauiense de Letras (cadeira 37- patrono: Heitor Castelo Branco, seu esposo) onde ocupou o lugar da filha Lilizinha Castelo Branco de Carvalho e posteriormente, com seu falecimento, sua cadeira foi preenchida pelo filho, o escritor e engenheiro civil, Heitor Castelo Branco Filho. Foi também diretora da Casa Anísio de Brito(1970 e 1957/9) e fez parte do Conselho Estadual de Cultura do Piauí.

Foi agraciada com a Medalha do Mérito Conselheiro Saraiva. Deixou centenas e centenas de crônicas escritas em diversos jornais do Piauí e de outros Estados. Publicou, ainda em vida, os seguintes livros: Ermelinda; Os amores de Tomaz; Os mistérios do castelo; Qual será, afinal, o nosso fim ?; A vida de cada um; Fases do meu passado; Miscelânia literária; A vida romanceada de Simplício de Sousa Mendes; A estranha passageira; Feliz arrependimento. Foi recebida na Academia Piauiense de Letras por Clidenor de Freitas Santos, cujo discurso de recepção, intitulado Hagiologia do amor amado é uma peça de raro lavor, editada em fina encadernação e que se tornou um clássico no gênero. Lili, ainda muito jovem, ganhou prêmio literário no jornal Folha do Nordste do insigne jornalista Paulo Maranhão, na cidade belenense.

Lili venceu concurso literário no Rio de Janeiro com o trabalho Cartas de amor, cuja peça foi encenada pela TV Tupy. Escreveu magistral crônica intitulada Que é a velhice?, publicada e reproduzida em revista e jornais de vários Estados e até hodiernamente citada em obras da literatura brasileira. Deixou uma legião de amigos no mundo intelectual e social de Teresina e sua obra é sempre lembrada em diversos eventos literários. Diz, sobre Lili, o mestre A.Tito Filho, então presidente da Academia Piauiense de Letras: “Academia Piauiense de Letras atribuiu a Clidenor Freitas Santos, receber em nome da Casa de Lucídio Freitas, a novel titular da
cadeira 37 - Emília Leite Castelo Branco. Do modo que pensa Clidenor, Ermelinda é u’a obra de arte literária e vale um instante de beleza na obra de ficção de Emília Leite Casteo Branco, como se estivesse em dizer que os escritores morrem, mas sobreviverão os tipos dos seus romances - os tipos de carne e alma, e assim queria Eça de Queirós. Em Machado de Assis, as personagens mais notáveis são os olhos de Capitu
- embora um dia Machado de Assis seja esquecido, ninguém esquecerá os olhos dela”.



HEITOR CASTELO BRANCO FILHO
DA ACADEMIA .PIAUIENSE DE LETRAS

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