Os números inequívocos de organismos multilaterais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o desemprego ser maior entre os jovens de 15 a 24 anos, bem assim de esse estrato populacional ser o mais atingido por mortes violentas e drogas, faz crer que é necessária uma abordagem cada vez mais refinada e específica deles no contexto da administração pública e da política.
Embora existam esforços oficiais com o fito de atender às demandas dos jovens, a recalcitrância dos números negativos indica que o trabalho ou é vão ou é desarticulado a ponto de não produzir resultados
esperados. Não se consegue reduzir o desemprego entre jovens, assim como tem sido diminuta a redução de mortes por causas externas e avanço das drogas nessa população.
O pouco ou nenhum recuo de indicadores negativos que atingem as camadas jovens da população nos convida, então, a refletir sobre os erros cometidos na implementação das políticas públicas voltadas para combatê-los. Há, sim, muitos erros e sobretudo parece haver desarticulação, posto que os recursos financeiros empregados em ações de governo são cada vez mais volumosos.
Sabe-se que não é tarefa simples nem realizável em curto prazo as alterações de programas e projetos voltados para reduzir desemprego, mortes por causas externas, uso de drogas, baixa escolarização de jovens. Porém, há que se buscar meios para essa alteração. Uma das possibilidades é de se fazer isso no município, através das prefeituras e com amplo controle da sociedade – para não se perder nem dinheiro, nem tempo, que no caso da juventude é um luxo que não se tem, porque cada ano gasto é tempo sem retorno, que resulta em uma juventude perdida e em uma idade adulta sem perspectivas.
As eleições municipais que se aproximam são uma boa chance para se colocar em discussão as ações que cada cidade pode fazer em favor de suas populações jovens. Mais do que isso, no entanto, esse pode ser um tempo para que sejam assumidos compromissos de fazer com que palavras ditas em campanha se tornem compromissos cumpridos durante a futura gestão.
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