quarta-feira, 9 de maio de 2012

Acesso à zona Sul


Tem sido insistente o esforço de opinião deste Jornal Meio Norte em relação à acessibilidade dos bairros na saída Sul de Teresina. É tarefa cada vez mais complicada chegar e sair de bairros como o Santo Antônio, Porto Alegre, Vila Irmã Dulce, Esplanada e Promorar. Para quem mora naquelas regiões de Teresina, isso não é apenas um aborrecimento diário. Representa também menor acesso à saúde pública, à educação e ao emprego – porquanto fluidez do tráfego é imperativo para rapidez no deslocamento.

Dados do Censo 2010 do IBGE indicam que em Teresina 82,9 mil gastam entre meia hora e duas horas para se deslocar. O dado é de dois anos atrás e embora não se possa contestá-lo, é lícito dizer que um morador de qualquer um dos bairros citados demora mais de uma hora entre sua casa e o trabalho, a escola ou um hospital que esteja no centro ou em outra zona de Teresina.

Ocorre aos moradores dos bairros mais populosos de Teresina, que somam pelo menos 120 mil pessoas, um problema grave de infraestrutura viária. Para se chegar a bairros como o Santo Antônio (40 mil residentes), a única alternativa possível é a BR-316 (anel viário), que em parte considerável do percurso tem mão única, tráfego de veículos pesados, pouco ou nenhuma presença das autoridades de trânsito.

É urgente e inadiável que a Prefeitura de Teresina se una a governo estadual e ao Dnit para se buscar alternativa para acessibilidade àqueles bairros da zona Sul – isso sem embargo de outras ações para favorecer moradores de outras áreas igualmente prejudicadas pela má qualidade do acesso – caso da Cidade Industrial (Santa Maria da Codipi), apesar da construção de uma nova ponte seguem com apenas dois acessos, as Avenidas Centenário e Duque de Caxias, ambas bastante saturadas pelo excesso de veículos em circulação.

A construção do rodoanel, como quer o governador Wilson Martins, melhorará o acesso aos bairros da zona Sul, porém, é preciso se pensar em grandes vias expressas nas margens esquerda e direita do rio Poti, além de uma via expressa na margem do rio Parnaíba, de modo a criar corredores de escoamento que retirem parte do fluxo muito pesado hoje limitado à BR-316.

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