domingo, 25 de março de 2012

Chuvas e economia


As chuvas irregulares em toda a região Centro-Norte, Sudeste e na totalidade da região semiárida deve quebrar a safra agrícola estadual. Mesmo assim, o Piauí tende a colher uma grande safra de grãos, em dois terços ou mais concentrada na região do cerrado. Assim, aquela área se firma como a mais importante região agrícola do estado.
  
É interessante anotar que os municípios que formam essa grande área produtora de grãos somam mais que a área do estado de Alagoas (27 mil quilômetros quadrados), mas têm uma população inferior a 100 mil residentes. Além disso, a infraestrutura de estradas e energia, são inibidores da expansão das atividades econômicas que proliferam no entorno da pujança da agroeconomia.
  
Há duas leituras possíveis para essa situação, pois. Primeira é a de que é necessária mais atenção a uma região que nos últimos 20 anos saiu de praticamente zero de produção de soja, milho, arroz e algodão para responder por dois terços ou mais das safras piauienses. A segunda é que o estado precisa rediscutir a agricultura e pecuária em áreas mais sujeitas a chuvas irregulares. No primeiro caso parece até que se malha em ferro frio diante dos insistentes apelos no sentido de dotar toda aquela região – maior que Alagoas, frise-se – de uma infraestrutura de transporte e energia. Trata-se de um investimento público capaz de dar ao estado em poucos anos um retorno gigantesco em tributos, porque vai mover a economia regional a passos mais largos.

Sem embargo dos investimentos na principal região agrícola do estado, também é essencial que se redefinam as políticas estatais apoio a potencialidades econômicas pontuais e mais rentáveis – algo pensado na estratégia dos territórios de desenvolvimento, mas mantido em esforços quando não tímidos, equivocados, descontinuados ou sem interface com o mercado – talvez seu pior aspecto, porque não tráz ganhos nem para as pessoas nem para o estado.

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