quarta-feira, 14 de março de 2012

Broadside


O livro “Broadside”, do jovem Breno Brito, mestre em publicidade e marketing, filho da talentosa escritora Maria Dilma Ponte de Brito, nos remete ao profundo da língua inglesa. Mesmo que não sejamos filólogos nem tampouco sabichões, encontramos no primogênito da Maria Dilma o descobridor das ideias envolvedoras das linhas gerais da propaganda, concepções liberais formatando opiniões representativas
dos dois lados publicitários: o vencedor e o perdedor. Tal como no adjetivo “broad”, significativo da liberalidade intelectual e no substantivo “side” incorporando-se o apoio às variáveis linguísticas contidas nos
textos publicitários. Aliás, e no geral, a propaganda tem que ser vista, analisada e apregoada pelos lados que mais exprimem as fontes de informação sobre o mercado publicitaário (abrangendo não só o Piauí, mas o trânsito nacional).

Na visão ortodoxa que carregamos, cabe-nos buscar o período do Renascimento, séculos XV e XVI, quando o astrólogo Galileu Galilei (Pisa, Itália, 1564-Arcetri, Itália, 1642), prensado pelo julgamento por heresia após ter sido forçado a negar que a Terra se movia no espaço, o lado verdadeiro do seu estudo científico amparou a opinião sobre a qual a Terra se move mesmo ao redor do Sol (“eppur si muove”). É o que ocorre na nossa contemporaneidade: se há questionamentos na arte de planejar publicidade com linguagem limpa, escorreita, paralelamente existe a imposição midiática e econômica. Tornando viável o exercício da colocação das palavras nos textos que são criticados mas sempre servindo às estratégias empresariais.

Concomitantemente, “Broadside”, nos mostra que é possível transitar com habilidade e segurança nos dois lados da propaganda. Unindo o útil da profissão ao agradável prazer de lidar com o organizacional da publicidade.

Empregando na mídia (é lógico) a denominada comunicação de massa. Assim, sem exagero nenhum, nada substitui o talento extraordinário do parnaibano Breno Brito. O mercado publicitário piauiense está exposto
ao público que, diariamente, por avidez ou não na leitura de jornais, na perspicácia diante da televisão e na sagacidade da interpretação dos “jingles” ao entorno do rádio, colocou o extaordinário autor do livro “Broadside”, à frente dos censores mais exigentes.

Portanto, está bem explicda a ampla visão do Breno sobre os dois lados da popaganda: o empírico alicerçado nas experiênias práticas que vem consolidando o dia a dia de suas atividades; e o científico porque
como professor universitário, o seu cotidiano é estudar convenientemente os percalços do atual mercado publicitário, a fim de moldar novas ideias e, consequentemente, construir hábitos e costumes à sombra da
mídia. Sem queimar os dispositivos que solidificam o fascínio da imaginação e não dando importância à presença das duas faces da moeda.

Ele mesmo, na parte introdutória do livro, definiu: “Broadside” como “peça publicitária destinada aos públicos internos e intermediários de uma empresa, contendo informações sobre os esforços de comunicações e explicações de como será uma campanha de propaganda e/ou promoção”. E mais: o
“Broadside” serve para motivar e influenciar toda a cadeia de funcionários envolvida na ação e auxilia na argumentação e apresentação do trabalho da equipe de vendas”.

Por fim, mesmo com justificativas, o livro abrigando a coletânea de 28 artigos explicativos, fez do Breno Brito – agora sob cristalina ótica -, o comunicador intuindo a beleza de ser um eterno aprendiz. Na sua avultada profissão, vem despertando curiosidades, paixões e polêmicas. E o continuado desejo de permanecer publicitário.



CARLOS SAID
JORNALISTA E PROFESSOR

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