sábado, 17 de março de 2012

As vias do futuro


A ousadia da cidade para avançar rumo ao desenvolvimento inclui certamente um sistema viário melhor, que dê mais fluidez ao tráfego de pessoas e mercadorias. Esse é um problema a ser resolvido em Teresina, cujo crescimento econômico certamente encontra barreiras físicas para ausência de vias expressas que liguem todas as regiões.

Um dos mais bem acabados exemplos do problema é a zona Sul da capital. É cada vez mais difícil o acesso a bairros populosos como Santo Antônio, Promorar, Porto Alegre, Bela Vista, Angelim e Vila Irmã Dulce. As duas principais vias para aqueles bairros, as Avenidas Henry Wall de Carvalho e Prefeito Wall Ferraz (BR- 316), que correm em paralelo, estão saturadas. Um acesso pela margem do Poti, a estrada da Alegria, não merece ser chamada de via, tal a precariedade em que se encontra.

Rumo à zona Norte na margem direita do Poti (Cidade Industrial ou Santa Maria da Codipi) a construção da ponte Mocambinho-Pedra Mole de algum modo melhorou a acessibilidade, mas isso ainda não resolve o problema, porque o estrangulamento segue mantido na precariedade dos acessos via Poti Velho, Avenida
Boa Esperança e Duque de Caxias.

As zonas Sudeste e Leste, que necessitam de mais pontes para melhorar os acessos, também vivem situação parecida – com limitações a investimentos em face das dificuldades para o tráfego de pessoas e mercadorias.

Assim, parece bastante razoável que a cidade comece a pensar no futuro pela construção de meios para uma logística de transporte de pessoas e cargas, que facilite acessos e reduza os custos de transporte para todos.

É claro que não se resolvem esses problemas sem muitos investimentos em obras de engenharia, que devem ter como viés mais importante o transporte coletivo. Por isso, é ilusório imaginar as soluções em um horizonte de menos de uma década. Contudo, pode-se cobrar dos gestores públicos que comecem a planejar a cidade com uma perspectiva de expansão econômica para os próximos 20 ou 30 anos.

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