terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dívida e investimentos


As finanças públicas de Teresina permitem que a prefeitura seja uma grande tomadora de financiamentos para tocar obras na cidade. É para além de expressiva a capacidade de endividamento do município. Atualmente, a dívida de longo prazo corresponde a 12,21% das receitas correntes líquidas – e isso porque em 2011 o estoque de dívidas dobrou.

Capacidade de tomar empréstimos, porém, não representa um cheque em branco. Pela resolução do Senado que disciplina o endividamento de estados e municípios, a prefeitura poderia tomar empréstimos no montante de até R$ 1,486 bilhão – ou seja, dez vezes mais que o atual volume de débitos de longo prazo.

É razoável que, diante da grande capacidade que a cidade ainda dispõe para buscar financiamentos, que se discutam investimentos que possam oferecer grande retorno em negócios, empregos e renda – inclusive tributária.

Significa, então, que se forem feitos investimentos adequados e com foco no desenvolvimento econômico,
a cidade ganhará ainda mais, porque ampliará sua capacidade de pagamento de estoques antigos de dívida.

É adequado que se discuta seriamente e com ampla participação social os investimentos de que a cidade precisa e que pode fazer através de financiamentos. Obras viárias, apoio a empreendimentos privados, estímulo a jovens empreendedores e a busca de novos rumos econômicos para Teresina são, certamente, parte de uma agenda de debates com financiamento externo.

No entanto, é necessário que se discuta o tema sem a afetação própria do período político, onde a paixão toma o lugar da razão e empobrece o debate. Teresina pode e deve buscar mais financiamentos para investir. No entanto, é preciso que o foco desses investimentos seja melhor direcionado, sobretudo considerando os interesses de expansão econômica em favor de considerável parcela da população.

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