terça-feira, 29 de novembro de 2011

O exemplo


Eu quero iniciar este meu domingueiro artigo com uma afirmação das mais afirmadas que eu conheço. E se você reparar bem é capaz de concordar comigo. “Tudo na vida da gente começa com um exemplo. É olhando quem sabe, observando como os outros fazem, seguindo as instruções dadas por alguém experiente e imitando os que admiramos, que aprendemos tudo”. Os exemplos nos ensinaram, por exemplo, a gostar de comida apimentada, a andar desse ou daquele jeito, a comer dessa ou daquela maneira, comer verduras, peixes ou qualquer outro tipo de comida. Os exemplos nos ensinaram a ler, andar de bicicleta, dirigir e muitas outras coisas simples que fazem o nosso dia a dia.

É como adquirimos os valores que defendemos. Aquilo em que acreditamos com mais fé. O que achamos certo e o que pensamos estar errado. Os nossos defeitos, os nossos hábitos, (os bons e os ruins), pode ter certeza que começaram com a observação de alguns exemplos. E eu não tenho a menor dúvida em resumir esse pensamento na seguinte frase: tudo que somos começou com um exemplo. Eles chegam até nós através de nossos pais e irmãos.

Através de amigos, colegas de trabalho, vizinhos, professores. Quando crianças, jovens e até mesmo adolescentes, adquirimos uma série de hábitos com os nossos heróis e ídolos. Eu, por exemplo, comecei a fumar idiotamente na minha juventude, vendo o mau exemplo vindo do meu pai, meu ídolo, reforçado pela televisão que, alguns anos atrás, soltava fumaça até pela antena, de tanta propaganda de cigarro que veiculava em todos os horários. Lembra?

O exemplo negativo que a mídia dava fez muita gente, que não teve força para largar esse vício, pegar o caminho do céu mais cedo. Por outro lado, meu pai me deixou grandes exemplos que andam meio fora de moda nos dias de hoje, como não mentir, mas sim, cultivar e regar sempre a plantinha da honestidade.

Os bons e os maus exemplos também chegam até nós através de pessoas não tão próximas. Gente estranha que um dia vimos fazer algo que nos fez pensar: eu também quero ser assim! ou então: nunca vou ser assim, nunca vou fazer isso! Você já reparou que às vezes nos surpreendemos fazendo coisas que ninguém nos
disse para fazer? Mas estamos. Porque vimos um exemplo e o seguimos: são eles, antes de tudo, que guiam a nossa vida. Um bom exemplo é tudo na vida da gente. Mas não podemos deixar de afirmar que os maus exemplos têm um valor enorme nas nossas vidas. Através deles, sem perceber, aprendemos lições que levamos para a vida toda. Quem já caminhou um pouco na trilha gloriosa da maturidade sabe o valor de um
exemplo Sabe bem da sua força e o quanto ele pode mudar a vida de uma pessoa. Por isso é que às vezes me pego triste e preocupado ao ver pessoas próximas fazendo uso daquela famosa frase: faça o que digo, mas não faça o que eu faço. Por exemplo: filho seja honesto, não seja corrupto, eu estou sendo acusado disso ou daquilo, mas não fiz nada, sou inocente. Meu amigo, não fume, e com um cigarrão no dedo. Minha mulher não beba, e só chega em casa morto de embriagado. Assim é complicado né?.

Assim o coitado do bom exemplo apanha mais do que macaco para aprender a contar dinheiro. Apanha mais que o Íbis Sport Clube, time que ganhou o epíteto de “pior time do mundo”.

Não devemos esquecer que o grande poder do exemplo está na esperança. O rastro de esperança nos mostra claramente que podemos superar barreiras, mudar realidades, realizar sonhos, baseado na velha máxima: se é possível para alguém, também posso conseguir. “Os exemplos são a prova de que a teoria funciona. Se alguém foi lá e fez; e essa pessoa é tão parecida com a gente, então é porque dá”. E de repente, pela força dos exemplos, nos sentimos mais fortes, mais capazes e menos solitários nas nossas lutas. Se possível, seja uma árvore carregada de exemplos. Exemplos que você tem a dar e também exemplos que você já recebeu. Porque todos nós temos algo a ensinar com nossos exemplos e muito a aprender com os dos outros. Por exemplo: a ideia desse artigo veio de um texto da revista “Por Exemplo”, publicada pelo grupo “Extra”. Fiz uso de um bom exemplo. E por exemplo tomei por base um texto alheio, mas dei os merecidos créditos. Certo?




LÁZARO DO PIAUÍ
ESCRITOR

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