quinta-feira, 3 de maio de 2012

Depreciação do dólar e medidas econômicas


O governo federal tomou medidas no início do corrente ano para conter a queda do dólar. Aumentou o prazo de incidência do IOF no percentual de 6%, priorizando o prazo de 2 para 3 anos, para empréstimos de empresas no exterior, com o intuito de diminuir o fluxo de dólares que migram para o Brasil.

Como as taxas de juros no exterior são baixas, a tendência é de trazer os dólares e emprestar com taxas elevadas.

Quanto as exportações brasileiras com o dólar em queda, as tendências são das referidas exportações caírem. Por exemplo, um dos setores afetados, o de calçados, fechou o ano de 2011 com 11.200 vagas a menos.

O desequilíbrio cambial no mundo tem prejudicado os países emergentes. Recentemente, o governo federal lançou pacote de medidas econômicas para 15 setores, com a redução de tributos e a ampliação de crédito com juros baixos.

O objetivo é auxiliar as empresas mais atingidas, frente a concorrência de produtos importados. Além do mais, visa reduzir os custos sobre os setores produtivos, com vistas a estimular os investimentos e a geração de empregos.

O governo federal deverá aumentar o imposto sobre cervejas, refrigerantes e produtos importados. O Banco Central resolveu incrementar a pressão sobre os bancos privados, visando reduzir o custo dos empréstimos aos clientes.

O Banco do Brasil lançou um pacote de redução de juros às pessoas físicas e para as micro e pequenas empresas.

Linhas de crédito que destinam-se ao consumo foram os mais beneficiados.

A linha de financiamento para veículos foi reduzida de uma taxa mensal de 1,70% para 0,99%.

Quanto ao cartão de crédito, a taxa de crédito rotativo será de até 3% ao mês. A Caixa Econômica Federal anunciou um programa de corte nas taxas de juros de cheque especial, cartão de crédito e empréstimo consignado.



JOSÉ MANUEL M. R. S.
MOEDAS
ECONOMISTA ADMINISTRADOR DA FUNDAÇÃO CEPRO

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