sábado, 7 de abril de 2012

Saúde em décimo plano


É fato: apesar de todas as regulares campanhas do Ministério da Saúde, os homens brasileiros continuam desprezando a prevenção e o cuidado com sua saúde. Isso se reflete nas estatísticas, nos hospitais e nos consultórios médicos. Homens vivem, em média, sete anos menos que as mulheres. O motivo é o pouco cuidado com seu próprio corpo. O câncer de próstata é o mais frequente no homem e representa mais de 40% dos tumores que atingem o sexo masculino em idade superior aos 50 anos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que 50 mil novos casos aparecem por ano no Brasil.

A ida ao urologista deve começar aos 45 anos, mas se houver casos da doença na família, a primeira visita deve ser aos 40. Contudo, ainda existe um tabu em relação ao consultório do médico e, sobretudo, quanto se fala do temido exame do toque, quando o especialista avalia o corpo do paciente com o dedo. Ignorância que resulta em muitas mortes evitáveis.

Agora em junho, quando Teresina vai receber o X Congresso Norte-Nordeste de Urologia, o Piauí tem uma boa oportunidade de chamar a atenção de seus homens para a necessidade de prevenção e tratamento de doenças típicas do sexo masculino.

Nomes de referência no Brasil e exterior irão aportar na capital, como Fernando Maluf, Claude Abbou (de Paris) e Miguel Srougi, o médico do expresidente Lula e do governador Wilson Martins. Mais uma vez, é hora de intensificar campanhas locais e nacionais de alerta sobre a saúde masculina, de forma a reduzir estatísticas que assombram os profissionais da área há décadas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo precoce de álcool e tabaco influencia nas altas incidências de males como cânceres, diabetes e problemas cardiovasculares nos homens. Essas campanhas devem também desestimular o consumo de tais produtos. Só assim, com sucessivas e massivas campanhas, os homens despertarão para os cuidados com sua vida.

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