quinta-feira, 12 de abril de 2012

É a renda, prefeito!


Um dos equívocos mais frequentes sobre a gestão pública é de que sua eficiência se mede pela quantidade de cimento e ferro, não por indicadores de qualidade de vida, de emprego, de aumento da renda e de desenvolvimento econômico das cidades. Por causa disso, há sempre a possibilidade de se avaliar mal um gestor municipal se o parâmetro for meramente físico e quantitativo de metros quadrados construídos ao longo de um quadriênio.

Uma das possibilidades de se fazer uma gestão pública municipal mais eficiente está no incremento das economias locais. Infelizmente, boa parte dos prefeitos ainda acredita que desenvolvimento econômico de suas comunidades não é tarefa que lhe caiba, preferindo atuar em esforços que não podem ser desprezados, mas que não podem também ser supervalorizados, como a construção de calçamento ou de estradas vicinais.

Os esforços municipais com o fito de ampliar a renda das comunidades possivelmente são mais importantes que certas obras físicas. Cuidar para que o cultivo seja mais produtivo com o uso de técnicas e mecanização ou que a criação tenha maior rendimento através de manejo e melhoramento de rebanhos e planteis não produz placa nem faz volume de cimento, mas põe mais dinheiro no bolso das pessoas e isso realmente importa muito mais que dar a elas obras físicas que nem duram para sempre nem podem em muitos casos serem consideradas prioridade.

Sem embargo da realização das obras, a condução de programas que resultem em mais dinheiro nas comunidades parece ser uma dessas iniciativas realmente positivas a serem propostas doravante. Neste ano eleitoral, então, é bastante alvissareiro que os candidatos propugnem o crescimento das economias municipais como mecanismo mais eficaz para fazer com que as pessoas aumentem seus ganhos.

Há que se considerar, pois, que produzir dinheiro que chegue ao bolso dos seus eleitores, via esforços para geração de emprego e renda, é uma tarefa a ser abraçada pelos candidatos a prefeito. Mais ainda quando se sabe que esse é um esforço que pode ser feito não apenas pelo prefeito, mas pelas comunidades e sempre com a possibilidade da ajuda de outros níveis de governo.

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