segunda-feira, 12 de março de 2012

Uma cidade para todos


Pessoas com deficiência (PCDs) têm reclamado da falta de bom senso de autoridades e cidadãos comuns que desrespeitam as leis de acessibilidade e o direito de ir e vir, ocasionando acidentes e promovendo um aumento do desconforto de quem sofre temporária ou definitivamente com algum tipo de deficiência. Tudo, como se não bastassem os contratempos da sequela de uma doença ou a carga congênita de uma deficiência genética, ainda têm que conviver com preconceitos, segregações, bullying.

O resultado de tanta falta de consideração para com o próximo se estampa na baixa autoestima e na segregação de parte significativa da população, que parece não encontrar estímulo positivo externo no dia a dia para tocar suas atividades como pagar contas, fazer compras, ir à escola, estacionar seu veículo, fazer uma caminhada sem se deparar com barreiras realmente intimidadoras. Muito embora a cidade seja para todos e suas vias devam servir para dar acesso indiscriminado a todos os que pagam tributos.

Entretanto, muitos motoristas estacionam em vagas reservadas para cadeirantes; barreiras são erguidas no meio das calçadas, atrapalhando a caminhada de deficientes visuais que se deslocam pelas ruas do centro e da periferia da capital; rampas que venham a facilitar a locomoção de cadeirantes praticamente inexistem; falta sinalização específica para quem não dispõe de recursos visuais.

Como tanto descaso para com as PCDs não pode perdurar sem que haja um canal de comunicação aberto
ao clamor público, a Superintendência de Transportes e Trânsito de Teresina (STRANS) disponibiliza um telefone, das 8 às 18 horas, para receber denúncias de quem se sentir prejudicado em seu dia a dia com algum tipo de empecilho em calçadas, estacionamento indevido e congêneres: 0800 0863122. É bom lembrar que as PCDs estão amparadas pela Lei Federal 10098/2000 e que, embora a sensação de impotência ande tomando conta de quem se vê privado do direito de ir e vir, a resistência através da denúncia ainda é uma forma legítima de se fazer notar, de ser ouvido e de ter reconhecimento, exatamente nesta ordem.

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