segunda-feira, 5 de março de 2012

Ousadia na cidade


O discurso em torno da sucessão municipal em Teresina aponta para uma troca de críticas entre modelos – dos tucanos, que mais tempo permaneceram à frente da administração da cidade e dos demais partidos, cujo ponto mais usualmente falado se prende à falta de ousadia e à ausência de uma política que dê a Teresina mais robustez econômica.

A crítica aos tucanos é pertinente, pois verdadeiramente não se pode deixar de observar a predileção do PSDB por políticas públicas de certo modo divorciadas de ousadia para dar a Teresina uma economia mais forte. Mas é também necessário lembrar que se faltam obras estruturantes, isso decorre de um fastio também do governo estadual.

Depois das intervenções urbanas gigantescas levadas a cabo por Alberto Silva nos anos 70, além de obras como a Potycabana e o rebaixamento da linha férrea, no segundo governo do político e engenheiro parnaibano, tem sido tênue a ação dos governadores para fazer grandes obras em Teresina.

Freitas Neto (1991-1994) legou à cidade o anel viário na zona Sul, feito em parceria com o governo federal
e a prefeitura comandada na época por Wall Ferraz. Mão Santa (1995-2001) fez a ponte Wall Ferraz e Wellington Dias (2003-2010), numa parceria com a prefeitura sob o comando de Silvio Mendes, ajudou a concluir a Ponte Estaiada e o Hospital Universitário.

Somente agora com Wilson Martins o governo estadual parece retomar a aplicação de recursos estaduais em obras que mudam o desenho urbano de Teresina. A ponte Mocambinho-Pedra Mole (iniciada por Wellington Dias), o alargamento das pontes na Frei Serafim, a decisão de construir uma nova ponte entre a Gil Martins e o Dirceu, além do Rodoanel sinalizam para algo realmente alvissareiro em favor da mobilidade urbana e da economia de Teresina.

Os candidatos a prefeito, portanto, vão precisar apresentar aos eleitores propostas que mudem a cidade, favorecendo sua economia – que é, afinal de contas, o que muito mais importa a quem precisa de trabalho e renda e não satisfaz essa perspectiva pela ausência de meios para tanto.

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