segunda-feira, 5 de março de 2012

O governo brasileiro deve muito ao Piauí


Falar das potencialidades do Estado do Piauí como sendo o terceiro maior produtor de grãos do Nordeste, dispor de mais de cinco milhões de hectares de cerrados para ser explorado, um rico potencial turístico, mais de mil e trezentos quilômetros de rios perenes e inúmeras lagoas, grande riqueza mineral no subsolo, é “chover no molhado”, pois isto, há décadas a sociedade piauiense, especialmente a imprensa local vem fazendo e não tem sensibilizado o governo brasileiro a investir como devia em obras estruturantes que promovam o tão sonhado desenvolvimento do nosso querido Piauí.

Em vinte anos, entre 1964 -1984, recebemos recursos federais que serviram para dar o pontapé inicial que o Estado precisava, para sair do ranking de Estado subdesenvolvido, além de aumentar a autoestima do nosso povo. Neste sentido houve a instalação da Usina de Boa Esperança, da Universidade Federal do Piauí, ligação asfáltica de Luís Correia no extremo Norte do Estado a Cristalândia, no extremo Sul, energização da maioria das cidades piauienses, construção em Teresina dos principais hospitais e da Maternidade Evangelina Rosa, de vários conjuntos habitacionais, da Estação de Tratamento de Água das sedes da Assembléia Legislativa, Emater, Agespisa, Cepisa, etc...

Também de várias avenidas que embelezam a nossa querida capital, implantação dos Centros Regionais de Agricultura nos principais Pólos de Agricultura do Estado, construção do Verdão e do Albertão o que motivou o nosso Tiradentes, de saudosa memória, participar da primeira divisão do futebol brasileiro, além de inúmeras outras obras na capital e no interior.

Entretanto, nos anos seguintes a este período, a participação da aplicação de recursos federais tem diminuído bastante e com uma característica marcante – vêm recursos mas as obras não são concluídas. Assim temos: Os Projetos de Irrigação Tabuleiros Litorâneos em Parnaíba e Platôs de Guadalupe, em Guadalupe; Hospital Universitário; Porto de Luís Correia, recuperação do asfalto Luís Correia – Cristalândia; Aeroporto internacional de São Raimundo Nonato; Centro de Convenções de Teresina, além de inúmeras obras no
interior. Vale destacar que neste período Estados nordestinos como Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, etc, receberam verdadeiras fábulas de recursos federais que impulsionariam bastante suas economias e o Piauí continuando com suas parcas ”Emendas Parlamentares“ que pouco são liberadas.

É importante destacar a necessidade das conclusão destas obras que já consumiram bastantes recursos da sociedade brasileira, além de iniciar e concluir a Barragem de Castelo, que evitará o alagamento de Teresina, a rodovia Transcerrado, a parte da BR-222 encravada no Piauí, a ligação ferroviária Canto do Buriti -Luís
Correia, Anel Viário de Teresina, com duplicação Altos – Demerval Lobão, etc. Para que isto aconteça é necessário o envio de projetos bem elaborados, a conscientização e união da nossos representantes políticos para cobrarem do governo federal a devida aplicação de financiamento.



JOSÉ NERIVALDO DE ARAÚJO
ENGENHEIRO AGRÔNOMO

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