terça-feira, 1 de novembro de 2011

Trânsito melhor


Há praticamente uma unanimidade em Teresina quando o assunto é trânsito: a imensa maioria das pessoas acredita que somente a construção de grandes obras viárias em pontos de estrangulamento será capaz de melhorar a fluidez do tráfego na capital do Piauí.

São bem poucas as pessoas que expressam posição em favor de intervenções menores no desenho urbano e traçado das vias. Igualmente é miúdo o número dos que consideram a possibilidade de se adotar medidas mais frugais para melhorar o trânsito.

É certo que algumas intervenções físicas já deveriam ter sido feitas há tempos, porque os pontos de estrangulamento vão se tornando não apenas mais numerosos, como se prolonga o tempo em que as pessoas permanecem paradas ou em vias onde existe lentidão no tráfego. Porém, está para além de evidente que antes de obras físicas de grande porte a cidade precisa lidar com dois problemas bem menos custosos: a má educação dos motoristas e falta de agentes para orientar o trânsito em horários de pico.

Corredores de tráfego com o binário formado pelas ruas Coelho de Resende e Desembargador Pires de Castro ou ainda a Avenida Miguel Rosa são exemplos bastante claros de como má educação de motoristas e a ausência do poder público podem piorar o trânsito. Naquelas vias, motoristas estacionam à esquerda, param onde não se poderia nem estacionar nem parar, fecham cruzamentos, fazem conversões erradas. Isso sem que um só agente de trânsito dê o ar da graça para orientá-los a agir corretamente em favor da maioria.


Por toda Teresina, o festival de má educação dos motoristas concorre para piorar a fluidez do tráfego. O fechamento de cruzamentos, que dá um nó no trânsito, é praticamente uma modalidade esportiva dos motoristas teresinenses, sempre dispostos a impedir que um outro carro cruze uma rua, como se essa fosse uma prática normal, corriqueira e não um tremendo gesto de deseducação.

Tudo isso ocorre sem que os olhos dos agentes de trânsito estejam lá para ver e reparar. Isso porque o quadro de pessoal da Strans é pequeno, necessitando ser ampliado. Atualmente, agentes de trânsito trabalham como se fossem servidores públicos que cumprem jornada em horário comercial. Ora, isso é
uma falha, posto que o trânsito não para nos fins de semana ou na hora do almoço.

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