segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Economistas no mercado de trabalho


Cursando Ciências Econômicas na Universidade Federal de Pernambuco, décadas atrás, deparei-me com um fato numa determinada aula de Ciência Política, na qual o professor cujo nome não me vem à memória, dizia: “Não conheço nenhum economista rico, como também, nunca testemunhei a prisão de um advogado”. Os tempos passaram e as leis deixaram de ser branda, a tal ponto que se tornou fato corriqueiro a prisão não somente de advogados, como até mesmo de juízes, como foi o caso do episódio escandaloso no desvio de dinheiro público em obras de tribunal em São Paulo, cujo protagonista conhecido em toda mídia nacional era o espertalhão juiz Nicolau.
  
A função do economista no mercado de trabalho é por demais diversificada, atuando na elaboração de planos econômicos que poderão evitar crises cruciais para a economia, como as que vêm ocorrendo na Grécia, Europa e até mesmo nos Estados Unidos. A introdução de metas de controle de inflação, elevação do nível de investimento frente ao PIB (Produto Interno Bruto), consequentemente aumentando o emprego e gerando mais renda para as famílias, faz com que a economia do país fique aquecida, impulsionando a roda financeira, trazendo benefícios para todos. Temos que ressaltar que tudo isso só alcançará o sucesso desejado se conseguirmos baixar nossa taxa real de juros, que continua sendo uma das mais altas do mundo, onerando em demasia toda nossa produção e por conseguinte, gerando menos receitas para a União.
  
O economista deveria ser mais bem aproveitado em situações que viessem trazer inúmeros benefícios às comunidades em geral, notadamente no planejamento urbano das grandes cidades, para que o trânsito de veículos fluísse com mais naturalidade e as pessoas pudessem se locomover sem colocar suas vidas em constante perigo.
  
Destaco como função nobre do economista a introdução de políticas de redução de custos que venham a baratear o produto final e consequentemente, aumentar o poder de compra do consumidor. Importante também destacar a atuação do economista no mercado de capitais, especialmente em Bolsa de Valores e no mercado futuro. Grande número de profissionais da área atua em consultorias, fazendo análise dos boletins econômicos diários e atualizados com as cotações das moedas, nacional e estrangeira. A crise que afeta as economias desenvolvidas nada mais é que crise de gestão. Importante se fazer a colocação de profissionais de alto gabarito para que as soluções adequadas sejam encontradas e as crises debeladas no menor espaço de tempo possível.
  
Deve manifestar interesse no meio do universo estudantil, principalmente para aqueles que desejam ingressar no ensino superior, cursos voltados para as economias, tanto das pequenas cidades, como das metrópoles, no sentido de identificar e procurar solucionar problemas localizados em sua região que venham afetar o custo de vida da população, especificamente, das classes menos favorecidas, procurando diminuir o valor da cesta básica de alimentos, e selecionando produtos com mais proteínas para toda a comunidade. Torna-se bastante desumano a concorrência na aquisição de vagas nos postos de trabalho no já saturado mercado americano e europeu, embora a economia brasileira encontre-se em situação bastante sólida, com grande incremento nas vendas e oferta de crédito ascendente, mesmo assim, a qualificação dessa mão de obra torna-se por demais necessária para galgar posições mais relevantes no mercado doméstico, e se usufruir melhores salários.




IVANILDO OLIVEIRA
ECONOMISTA (UFPI)

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