segunda-feira, 19 de março de 2012

Cultive bons projetos


Quando vejo na imprensa a enxurrada de notícias em torno do consumo cada vez maior de drogas, do tráfico ininterrupto de entorpecentes e da dependência química que atinge milhares de pessoas (inclusive jovens), fico a imaginar de que modo a sociedade chegou a esse estágio de autodestruição e de como poderia se reestruturar.

No passado, quando as comunicações não tinham a velocidade que tem hoje, as informações demoravam a chegar e a vida tinha outro ritmo, sabor e significado. Havia o interesse natural por projetos diversos, como pintura, ciência, música, estudos, religiosidade, poesia, pesquisa e conhecimento; a sociedade vivia mais intensamente e de forma mais prazerosa as descobertas da humanidade e a produção de ideias para a vida.

Então, o que ocorreu neste percurso para que grandes parcelas da população hoje se recusem a abraçar bons projetos e a não valorizar a própria vida? Como explicar que milhares de pessoas se entreguem a algo tão destrutivo? Hoje, diferentemente do passado o cenário é completamente outro, a velocidade da comunicação é sem fronteiras e ocorre de forma impressionante, em tempo real.

O ritmo é tão intenso que hoje a dificuldade não é mais a falta de informação, e sim a seleção, a filtragem das informações. A aldeia global, que antes parecia algo inalcançável se tornou uma realidade e é capaz de devorar aqueles que não determinam seus objetivos.

A falta de objetivos ou projetos, relevantes para a vida leva muitas pessoas a caminhos tortuosos e destrutivos como o das drogas. Quando se preenche a vida com projetos significativos, é muito difícil se perder no caminho e se autodestruir com ações negativas. Ter metas claras a alcançar é estimulante e também ajuda a disseminar bons sentimentos aos outros.

De modo geral, a sociedade deve se alimentar com bons propósitos e bons projetos, buscar os desafios e não desistir diante do primeiro obstáculo. Dedicar-se a qualquer atividade produtiva leva os indivíduos a crescer interiormente e se fortalecer contra ameaças externas como as drogas.

Assim, caro leitor, é importante manter o cérebro em atividade (e em boas atividades). Cultive os bons projetos; faça dança, jogue xadrez, se dedique a pintura, a cuidar de crianças ou idosos, a gastronomia, aos animais, a moda, a um empreendimento, enfim. Determine o seu projeto de vida e muitas vidas serão salvas da marginalização social.



 ANGELY COSTA CRUZ
BIBLIOTECÁRIA

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