terça-feira, 15 de novembro de 2011

É a economia, candidatos


Daqui a pouco menos de um ano, os eleitores brasileiros devem ir às urnas para escolher novos prefeitos e vereadores. É bastante provável que a campanha eleitoral seja marcada pelo ramerrão de sempre: troca de acusações e pouco, muito pouco ou quase nada sobre projetos, ideias e iniciativas que podem mudar a cara das cidades.

Para além das acusações mútuas, baixarias e práticas nada edificantes para captar votos, os candidatos poderiam brindar os candidatos com propostas que pudessem efetivamente mudar a vida de suas comunidades.

Melhorar a gestão dos resíduos sólidos, por exemplo, não é algo presente em campanha eleitoral, mas seria bom ouvir o que os candidatos têm a dizer sobre um problema que até mesmo legalmente vai estar na pauta das eleições, já que é para 2014 o prazo final para a desativação dos depósitos de lixo – vulgo lixões.

Mas se há o cumprimento de uma agenda social e ambiental amarrada por leis que obrigam prefeitos a executá-las praticamente sem espaço para fuga da obrigação, há um ponto que precisa ser mais debatido: é a economia nas cidades. É certo que nos pequenos municípios há dificuldades para uma postura mais proativa das administrações públicas, mas estamos chegando a um ponto que os prefeitos precisam, sim, pensar mais no desenvolvimento econômico de suas comunidades.

O dever de casa (cuidar de saúde, educação e limpeza pública) já não basta: é preciso que os administradores municipais – e os candidatos a esse emprego de quatro anos, renovável por mais quatro – estejam atentos às ações que podem levar seus eleitores a ter uma vida econômica mais rica.

Espera-se para 2012 uma agenda política que inclua o desenvolvimento local como uma inovação positiva a ser apresentada ao eleitor. Garantir que os serviços públicos vão funcionar não basta, porque eles têm recursos assegurados e, bem ou mal, sempre podem ser acionados. Melhorá-los é a palavra de ordem, assim como é agora essencial pensar e agir para que as cidades tenham mais desenvolvimento, emprego e renda.

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