segunda-feira, 7 de maio de 2012

Maior aproximação entre família e escola

Percebemos que há hoje um movimento da escola em busca da parceria com os pais dos alunos, o que já não era sem tempo, pois existem pesquisas mostrando claramente que o envolvimento dos pais na vida escolar do aluno produz melhorias nos resultados da aprendizagem. Se observarmos os alunos que têm sucesso na vida escolar, vamos ter como um dado preponderante a participação e o envolvimento dos pais em todas as etapas da sua vida escolar, desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental, até chegar ao Ensino Médio, principalmente na mudança de um ciclo para o outro.

A comunicação dos pais com a escola nesses momentos mostra ser eficaz e muito importante para que o aluno se adapte às mudanças com mais facilidade e rapidez, sentindo-se mais seguro proporcionalmente ao envolvimento da família com a escola. Conforme os ciclos escolares mudam, o aluno vai se aproximando cada vez mais da adolescência e começando a se afastar do ambiente familiar.

O aluno passa, então, a criar vínculos e a identificar-se com grupos de amigos da mesma idade, além de construir barreiras para se proteger. Neste momento, é de extrema importância que a comunicação e a confiança entre escola e família sejam coordenadas, pois só assim esse aluno passará por essa fase de uma forma mais tranquila.

Isso fará com que ele se concentre mais em seus estudos, tendo o mínimo possível de interferência das inseguranças que o cercam. Iniciativas da escola em busca da construção do respeito e da confiança entre os profissionais da escola, a família e a comunidade são ferramentas eficazes na criação de relações sustentáveis de suporte à aprendizagem dos alunos.

Uma pesquisa da Unesco sobre experiências de Interação Família e Escola constatou que os três efeitos mais importantes da aproximação com as famílias nas experiências constatadas foram: a incorporação das aprendizagens obtidas no contato com as famílias dos alunos, de modo a reorganizar práticas de gestão e pedagógicas; a ampliação da participação das famílias na vida escolar dos alunos e na relação com os agentes escolares; e a articulação de programas e instituições para ajudar a escola a apoiar os alunos em situação mais vulnerável.

A vida familiar e a vida escolar são simultâneas e complementares para a construção do indivíduo e não há como separá-las ou ignorar uma ou outra. É importante que pais, professores, filhos/alunos compartilhem experiências, entendam e trabalhem as questões envolvidas no dia a dia, sem se culparem pelos fracassos no caminho, mas, sim, compreendendo as dificuldades que cada um enfrenta na resolução dos problemas, tanto familiares quanto escolares.


MÁRCIA RODRIGUES DOS SANTOS 
PSICOPEDAGOGA

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