sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Os indicadores de uma nova Ufpi


Em 2011 a Ufpi completou 40 anos de sua instalação e, graças à verdadeira revolução administrativa ocorrida na segunda metade da última década, sob o comando da atual gestão, comemorou essa data inserida no rol das grandes universidades brasileiras. Como pró-reitor de Planejamento e Orçamento, nos sentimos na obrigação de prestar algumas informações à população piauiense, que, afinal, é a verdadeira
mantenedora da Ufpi, investindo com o pagamento de seus impostos para que tenhamos um ensino público gratuito e de qualidade. E dizemos investindo, porque pensamos como o Prêmio Nobel de Economia de 1979, o inglês William Arthur Lewis, que disse: “ação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido”. A atual gestão teve início em novembro de 2004 e recebeu a Ufpi com um orçamento anual, ou seja, o total de recursos destinados pelo MEC para a manutenção e investimentos durante o ano, de cerca de R$ 152 milhões e, neste ano, esse orçamento já ultrapassou os R$ 430 milhões, o que corresponde a quase o triplo do valor de 2004. Se falarmos apenas de recursos destinados a investimento (obras e equipamentos) o salto foi ainda maior, pois passamos de R$ 2,2 milhões em 2004 para R$ 53,3
milhões, crescimento de mais de 2.300%.

Outro aspecto importante é a diferença entre o orçamento inicial e o final de cada ano. O orçamento inicial é aquele garantido através da LOA (Lei Orçamentária Anual) que se baseia nos indicadores de cada instituição e o crescimento observado durante o ano resulta de recursos que são liberados por conta de projetos apresentados pela instituição e seus professores e pesquisadores, que com a participação de todos os segmentos da comunidade universitária elaboram projetos e os submetem aos ministérios e órgãos de fomento. Até 2004 esse incremento anual do orçamento girava em torno de R$ 20 milhões e a partir de 2005 esse valor começou a crescer significativamente, atingindo os R$ 100 milhões em 2008 e se mantendo em
torno disso nos anos seguintes. Esse fabuloso crescimento do orçamento proporcionou a construção de uma nova universidade, poderíamos dizer: a construção da verdadeira Universidade Federal do Piauí, porque antes, dos 47 cursos presenciais oferecidos pela Ufpi em 2004, apenas 6 eram ofertados fora de Teresina: 2 em Picos e 4 em Parnaíba, situação que se mantinha há décadas. Hoje, dos 99 oferecidos, 29 são ofertados no interior, em 4 Campi: Bom Jesus, Floriano, Parnaíba e Picos. A área construída passou de 135.mil para 241 mil metros quadrados. A oferta de vagas nos cursos presenciais passou de 2345 para 5954.

Foram investidos mais R$ 6 milhões na aquisições de livros, fazendo com que atingíssemos uma média de 3,5 títulos por aluno, quando a meta exigida pelo MEC é de 1 título por aluno.

O número de cursos de mestrado passou de 9 para 31 (aumento de 244%) e cursos de doutorado, que não tínhamos nenhum, agora temos 5. Acrescente-se ainda o acelerado processo de internacionalização com a celebração de diversos convênios e parceiras, especialmente com universidades européias, que tem proporcionado, a cada ano, a oportunidade a dezenas de estudantes da Ufpi de permanecerem pelo menos 6 meses nas maiores universidades do mundo. Esse processo ganha agora um novo impulso com o programa instituído pela presidente Dilma: “Ciência sem Fronteiras”, que objetiva a concessão de bolsas destinadas a estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação, que farão intercâmbio com as maiores universidades da Europa e dos Estados Unidos. Nesse primeiro ano desse programa a Ufpi já foi contemplada com 30 dessas bolsas. Outro destaque da atual gestão foi a criação Universidade Aberta do Piauí (UAPI) com a implantação de 30 polos de ensino à distância, cobrindo todo o território piauiense, desde Parnaíba até Uruçuí. Mas, aquela que pode ser considerada a maior obra dessa gestão, já está concluída e será entregue à população piauiense ainda este ano: é o Hospital Universitário (HU), que será o mais moderno HU do Brasil, totalmente climatizado. Dispõe de 221 leitos, sendo 28 de UTIs e está dotado de equipamentos de ponta, tal como ressonância magnética nuclear, e preparado para executar procedimentos de média e alta complexidade, atendendo pacientes do SUS. A Ufpi ainda não é a universidade dos nossos sonhos, pois, queremos muito mais. Mas, os números citados mostram, irrefutavelmente, o quanto essa administração realizou, o quanto vem cumprindo as suas missões, o quanto esse modelo de gestão é acertado. A atual administração encerra no próximo mês de novembro, mas, esse modelo de gestão não deve sofrer solução de continuidade, para que a Ufpi possa manter esse ritmo de crescimento.



PROF. DR. JOSÉ ARIMATÉIA
DANTAS LOPES
PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DA UFPI

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