sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mocidade

Na solenidade literária da sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012, o dedicado escritor piauiense Evaldo Feitosa, honrando a “terra dos humildes”, Alto Longá, posto que ali nascera, lançou - oficialmente - o livro “O Comprador de Sonhos”.

Por dever de ofício, esclarecemos que, na crônica publicada no dia 14 de dezembro de 2011, sugerimos a Evaldo Feitosa não arrefecer o entusiasmo e, imediatamente, passasse a coligir outras informações. E em tempo útil, completar o didático compêndio que é a capacitância da sua lógica, correlação com o científico.
Por outro lado, outra grande virtude do vitorioso escritor é a de estabelecer os padrões da ciência da educação. Intemerata caminhada para convencer os governantes brasileiros, mormente os educadores piauienses, para que tenham compreensão sobre pedagogia qualificada, protótipo familiar para ser encaixado numa sociedade justa e igualitária.

No lotado auditório Wilson de Andrade Brandão (Pedro II, Piauí, 1922-Teresina, Piauí, 2001, da Academia Piauiense de Letras (data de fundação: 30 de dezembro de 1917), após a apresentação do livro: “O Comprador de Sonhos”, do piauiense Evaldo Feitosa, nascido em Alto Longá, tarefa executada pelo insigne poeta Altevir Alencar (Altevir Soares Alencar: Alto Longá, Piauí, 1934), o presidente Reginaldo Miranda da
Silva anunciou solenemente que, amanhã, dia 11 de fevereiro de 2012, lançará a campanha literária em prol do primeiro centenário de morte de João Lustosa da Cunha, “O Segundo”, agraciado Marquês de Paranaguá (antigo território de Parnaguá, hoje município de Sebastião Barros, Piauí, 1821-Rio de Janeiro, 1912), que se transformou no principal Conselheiro do Imperador Pedro II (Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Miguel Gabriel Rafael Gonzaga: Rio de Janeiro, 1825-Paris, França, 1891), no período do Segundo Império: 1840-1889, coroação, apogeu e decadência).

Eis, agora, o que escreveu o poeta Elias Paz e Silva (Teresina, Piauí, 1963), a respeito da palavra grega “Ethos”, atentando para o costume habitual de ser observado pelas pessoas: “Sensível ao movimento do vento/ Me fiz/ Sou o que sempre quis: feliz”.

O famoso conferencista Antônio Chaves (Teresina, Piauí, 1882-1938), é o autor da letra do Hino da Independência do Piauí (registro das três formidáveis ocorrências históricas: 19 de outubro de 1822, em Parnaíba, Simplício Dias da Silva em cena; 24 de janeiro de 1823, na libertação de Oeiras; 13 de março de 1823, em Campo Maior, Batalha do Jenipapo, garantindo a unidade territorial brasileira). Poeta de extraordinário valor literário, exaltou a mocidade através de versos resplendentes. “Ó mocidade – borboleta
louca/ Que o casulo deixaste pressurosa,/ Olha que o vento de asas te destouca,/ Adeja menos, borboleta ansiosa./ “Temo que as tuas límpidas antenas,/ Que o teu corpo fragílimo, subindo,/ Um dia venham se cobrir das penas.../ Pior para mim, nada lindo./ “E se temo é porque – pálido monge/ Sob a cúpula azul do céu aberto/ Olho, e te vejo já de mim tão longe,/ Tu que eu julgava inda de mim tão perto./ “Volta! Vem descansar sobre as alfombras/ Desta alma que sorrir já não se atreve.../Olha que o prado vai se encher de
sombras/ E a terra toda se cobrir de neve”. Esclarecemos: o poeta empregou as palavras “casulo”, “destouca” e “alfombras”, a fim de significá-las: “casulo”, como invólucro filamentoso, construído pela larva do bicho da seda. “destouca”, como desarranjar a plumagem das aves. E “alfombras”, como tapetes espessos e fofos.



CARLOS SAID
JORNALISTA E PROFESSOR

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