sábado, 21 de janeiro de 2012

Teresina menor


Há uma boa notícia nos números do censo demográfico de 2010: a taxa de crescimento populacional da cidade entre 2010 e 2011 ficou abaixo de 1%. Isso significa que para os próximos anos, haverá condições de estabilizar o número de moradores – o que representará ganhos para todo o conjunto de habitantes.

Economicamente, a expansão menor da população representará enriquecimento das pessoas. Se o PIB se expande a uma taxa muito maior que o crescimento demográfico, logo a divisão da riqueza será feita entre menos pessoas.

Simples? Nem tanto. Como há um gigantesco contingente de pessoas muito pobres na cidade – como de resto no Piauí – será necessário ampliar a renda delas.

A tarefa de aumentar a quantidade de pessoas vivendo com mais dinheiro é o desafio a ser vencido agora que não se vive mais uma explosão demográfica. Identificar onde e em que investir, programar a cidade para esse novo futuro de estratos etários mais envelhecidos é, com efeito, o foco a ser buscado pelos gestores, a curto e médio prazo.

A discussão sobre esse novo rumo para a cidade precisa ser levada a efeito desde logo. Possivelmente, ao prefeito Elmano Férrer caiba a tarefa de imediatamente propor um amplo debate sobre o futuro da cidade, legando as discussões e ideias àqueles que virão depois dele. Pensar em empregos para gerações novas e em serviços para gerações antigas, por exemplo, é um imperativo desses novos tempos.

É mais que urgente se começar a pensar uma Teresina que cresce menos demograficamente e mais economicamente, com demandas crescentes em áreas onde atualmente nem governo nem iniciativa privada atuam com eficiência – o caso consumos de bens culturais de alto nível e do lazer não noturno ligado ao uso social do álcool. Em suma, não se pode mais adiar o debate sobre uma cidade cujo menor crescimento demográfico a faz um novo espaço urbano.

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