sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fundação Cepro: 40 anos


A Fundação Cepro completará 40 anos neste mês de dezembro. O órgão foi criado com a Lei nº 3.127, de 06/12/1971, com a denominação de “Fundação Centro Regional de Produtividade do Piauí – Cepro”. Posteriormente, por meio do Decreto nº 2.189, de 27/11/1975, foi alterada para “Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí”.

É uma instituição que se destina a pesquisar, estudar, compreender, discutir, repensar e divulgar os aspectos econômicos e sociais do Piauí, que passou por oito estágios distintos desde seu nascedouro, conforme se pode verificar abaixo. O 1º Estágio (1971/1975) procurou-se subsidiar os primeiros planos de governo, além de produzir uma série de publicações na área de suas atividades específicas, dentre outras, “Ensaios econômicos”, “Oportunidades de investimentos” e “R’ecursos naturais”. O 2º Estágio (1976/1980) foi assessorar a Secretaria do Planejamento, com a mobilização da capacidade técnica de seus recursos humanos visando responder um novo desafio que se apresentava nesse período, basicamente para atender às demandas dos planos federais de desenvolvimento. O 3º Estágio (1981/1985) ocorreu com a introdução de pesquisas agronômicas, destacando-se as do babaçu, cerrados e ecológicas, sendo que nessa última dispôs do suporte técnico da Coordenadoria do Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia.

O 4º Estágio (1986/1990) foi o que mais causou impacto negativo na Cepro, pois era a época de inflação alta e os servidores tendo que recorrer à Justiça do Trabalho para que seus salários não ficassem defasados
frente à crise econômica. Entretanto, esses tipos de ações pessoais não impediram que se produzissem trabalhos consentâneos com as finalidades de sua criação. O 5º Estágio (1991/1995) serviu para abrigar atividades fora do seu eixo principal de atuação – pesquisa socioeconômica –, tendo que absorver as atividades do extinto Instituto de Planejamento e Administração Municipal – Ipam e incorporar as atividades da Secretaria do Meio Ambiente, também extinta. O 6º Estágio (1996/2000), por força de reestruturação
da nova administração pública estadual que se iniciava, a Fundação experimentou um período de esvaziamento, com a retirada das atividades ambientais de sua estrutura, através da recriação da Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. A ausência dessa atividade que estava consolidada e assimilada por esta entidade fundacional proporcionou um impacto em sua estrutura, deixando a Cepro de realizar, dentre outras atividades, análise de EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto de
Meio Ambiente). O 7º (2001/2005) e o 8º Estágios (2006/2010) acompanharam a marca do início de um processo desenvolvimentista adotado pelas novas lideranças que se instalaram na administração pública do Estado do Piauí, tendo a Fundação Cepro se inserido num esforço concentrado de elaboração de projetos que espelharam suas necessidades mais prementes. A partir de 2011, com a mudança do dirigente da Cepro em decorrência de um novo governo, essa entidade inicia-se com novos trabalhos, destacando-se, dentre outros: “Pesquisa de Telefonia: Análise de Satisfação do Usuário Piauiense com os Serviços Prestados pelas Operadoras” e o “O Trânsito no Piauí”, que analisa a relação acidente/vítima/custos. Portanto, em dezembro, a Cepro está programando uma série de eventos que marcarão os 40 anos de sua existência, fato
que ocorrerá no período de 14/12 a 15/12. Está prevista a realização de palestras, mesas redondas e lançamento de publicações. O intuito maior será a discussão de novos rumos da Fundação a serem trilhados a partir dessa comemoração.

A título de sugestão seria oportuno que o governador Wilson Martins repensasse um novo arranjo organizacional para a Cepro, com ênfase na meritocracia, tentando resgatar seu antigo padrão de excelência, associado a uma valorização profissional via melhores condições físicas e financeiras, para então poder oferecer um suporte técnico condizente com o que se pode esperar, juntamente com outras instituições, de uma estrutura administrativa global e integrada para atender a política de desenvolvimento do Estado, a fim de tornar o Piauí mais competitivo e com oferta de melhores condições de vida para o desfrute de suas futuras gerações. Por fim, os 40 anos da Cepro, nas palavras do presidente Raimundo Filho, é uma possibilidade de se mensurar os êxitos e se traçar desafios da instituição, que tem de continuar sendo o braço técnico do planejamento. Primeiro, porque o Estado precisa.

Segundo, porque foi para isso que a Cepro foi concebida



JOSÉ MANUEL M. R.S. MOEDAS
ECONOMISTA/ADMINISTRADOR DA FUNDAÇÃO CEPRO

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