domingo, 11 de dezembro de 2011

Barreira contra as drogas

Uma das demandas urbanas mais necessárias em Teresina, sobretudo nestes duros tempos de expansão do crack como epidemia, está centrada em um trinômio recorrentemente negligenciado pelo poder público: cultura, lazer e esporte. Quase sempre, a atuação pública nestes segmentos se resume a ações pontuais e que não dialogam entre si. Resultado: esforços vãos e desperdício de dinheiro e de tempo.

Entre os menores orçamentos do município, desde sempre, estão os das áreas de esporte, cultura
e lazer. Faltam recursos definidos para construir e manter equipamentos esportivos e de cultura. Não existem programas continuados de lazer saudável. Parques ambientais que poderiam e deveriam ser melhor utilizados para exercícios ao ar livre e práticas esportivas são subutilizados ou sequer usados.

Nesse compasso, a cidade segue perdendo equipamentos esportivos e de lazer ou cuidando mal da rede existente.

Isso faz com que a exiguidade de espaços para esporte, lazer e cultura abra caminho ao uso de bebidas e drogas como atividade recreativa. Assim, aplicar mais recursos em cultura, esporte e lazer, sobretudo com oitiva das comunidades, é um mecanismo eficaz de confrontar o tráfico: o poder público oferece algo melhor e mais positivo na vida dos jovens.

Iniciativas muito positivas como a academia de ginástica ao ar livre no Dirceu Arcoverde e a instalação de equipamentos de musculação em praças na periferia de Teresina ensinam que esse é um bom caminho. Uma razão para essa assertiva: equipamentos de ginástica e musculação não são vandalizados com outros . Experiências como a abertura das escolas para a comunidade – um programa levado a termo pela prefeitura de Teresina – também apontam em um bom rumo: menos consumo de drogas, mais participação dos pais na vida escolar dos filhos, menor vandalização dos prédios escolares.

As boas lições de que cultura, esporte e lazer são uma barreira poderosa contra as drogas pode ter aprendida todos os dias, a partir de experiências bem sucedidas. Mas é preciso mais: programas articulados nas três áreas, com mais recursos e maior integração.

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