sábado, 26 de novembro de 2011

O papel de cada um


Assaltos com refém não são exatamente uma prática criminosa recorrente em Teresina, mas começam a se somar a um padrão para os crimes de pequena monta: homens jovens, sem trabalho, com histórico de passagens pela polícia e sempre alguma dependência química – o crack, sobretudo.

São preocupantes os crimes contra o patrimônio levados a efeito por usuários de drogas ou, pior que isso, que têm dependentes químicos como uma espécie de bucha de canhão de um bandido que comanda a ação. Há sempre a possibilidade nada boa de que esse tipo de episódio criminoso produza mais que traumas psicológicos nas vítimas.

Deu-se um desfecho trágico anteontem em Timon – que é uma extensão da área urbana de Teresina e, com efeito, padece de problemas de violência tanto quanto a capital do Piauí. Em José de Freitas, que faz parte da área metropolitana da capital do Piauí, um assalto com reféns sinaliza que a violência resultante do tráfico e consumo de drogas se espraia como peste.

Em Parnaíba e Picos, roubos e homicídios relacionados com tráfico e consumo de substâncias entorpecentes ilegais têm sido crescentes e nas pequenas cidades os registros de crimes de pequena monta seguem em um
crescendo.

Os casos são evidentemente de polícia, mas o aparato de segurança do Estado não tem pernas para acompanhar tantos casos e crimes, bem assim não pode estar presente em todos os quadrantes de uma cidade como Teresina, cuja área urbana soma mais de 200 quilômetros quadrados.

Em circunstâncias assim, a impressão patente é a de que a população estaria entregue à própria sorte. Não é uma leitura justa para com a polícia, já que não é razoável que se exija uma presença ostensiva quando tal possibilidade é irreal. Assim sendo, temos que vislumbrar alternativas à violência pela via da educação, do combate às drogas nas escolas, pelo aumento da responsabilidade social de cada um de nós na luta contra o avanço do tráfico em nossas comunidades.

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