sábado, 26 de novembro de 2011

Foi bonito


Foi bonito ver a presidenta Dilma chorar no lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite -: “Eu acredito que, em alguns momentos, a gente considera que eles são muito especiais, e aí, queria dizer que hoje este é um momento em que vale a pena ser presidente”. Foi bonito ver Ivy e Beatriz, com Síndrome de Down, brincando e a presidenta Dilma dizendo: “Eu queria dirigir um
cumprimento especial também ao Romário e às duas menininhas que aqui tivemos uma cena, assim, maravilhosa e enternecedora: a filha do Romário carregando a filha do Lindbergh. Queria cumprimentar as duas”. A platéia se levanta e canta ‘Olê, olê, olê, olá, Dilmaaa, Dilmaaa”.

Foi bonito ouvir a presidenta Dilma: “Estamos aqui para reforçar e ampliar um dos compromissos mais profundos do nosso governo: a luta contra toda espécie de desigualdade e a favor da oportunidade para todos. É o que significa, para nós, o Plano Viver Sem Limite, nosso Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Durante meses, fiz questão de me dedicar, com uma grande equipe, à elaboração deste plano. Acredito que cada um de nós se tornou uma espécie de especialista na formação de cão-guia e em todos os aspectos humanos. Devemos ao secretário Antônio José, da Secretaria de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, sua dedicação e seu empenho.

É um plano para garantir cidadania plena às brasileiras e brasileiros com deficiência. Vai beneficiar pessoas de todas as idades, todas as classes sociais e indiferenciadamente, de acordo com critérios de gênero. O programa se integra a um conjunto amplo e estruturado de políticas de proteção social que o Brasil se orgulha de possuir. Reafirma nosso compromisso de criar e oferecer condições necessárias para que continue florescendo uma nova sociedade brasileira. Uma sociedade inclusiva, onde absolutamente todos os brasileiros e brasileiras caibam nesse todo; uma sociedade livre de preconceitos e discriminação; uma sociedade onde tenhamos orgulho de viver e conviver.”

Foi bonito ouvir a ministra Maria do Rosário dizendo que “pelo Censo/2010 do IBGE, o país possui 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa quase 24% da nossa população. Todos os dias, em todo país, esses brasileiros, brasileiras e suas famílias desafiam limites, enfrentam barreiras, seja nas ruas, no acesso a serviços, no mundo do trabalho e, principalmente, desafiam o mais perverso dos obstáculos que é o preconceito. O Viver Sem Limite é uma responsabilidade do Estado brasileiro, aberto e atento a parcerias com a sociedade, as famílias, assim como Estados e municípios, parceiros fundamentais para a inclusão”. Foi bonito ouvir o secretário de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José do Nascimento, deficiente visual, detalhando as ações do Viver Sem Limite, organizadas em 4 eixos: acesso à educação, a inclusão social, atenção à saúde e a acessibilidade. Cada é desdobrado em ações de 15 órgãos federais, sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. As iniciativas estabelecem metas e previsões orçamentárias para execução até 2014, em R$ 7,5 bilhões.

Foi bonito ver Moisés Bauer, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deficiente visual, reconhecer os esforços do governo Dilma e a parceria do governo federal com a sociedade civil, para que todos os brasileiros e todas as brasileiras com deficiência tenham qualidade de vida, um viver sem limites, assegurando essa palavra mágica que é autonomia. Foi bonito o final do discurso da presidenta:
“Eu tenho certeza de que, juntos, iremos implementar todas as ações e as metas do Viver Sem Limite. Precisamos fazer com o que o nosso olhar se transforme. Esse Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência é uma vitória de toda a sociedade brasileira, que tem pela frente um grande desafio: fazer com que cada homem, com que cada mulher deste país entenda que os direitos da pessoa com deficiência são direitos da cidadania de brasileiros e brasileiras, que devem ser respeitados como parte necessária do fortalecimento da cidadania de todos os brasileiros e, sobretudo, como disse o Moisés, que nada seja feito sem eles”.




SELVINO HECK
ASSESSOR ESPECIAL DA SECRETARIA
GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

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