domingo, 18 de março de 2012

Agroeconomia e futuro


Um dos desafios para o futuro em Teresina será, sem dúvida, reduzir a dependência que a cidade tem de alimentos vindos de regiões mais distantes – o que torna a vida aqui bem mais cara. É preciso produzir mais comida tanto nas áreas rurais da cidade, quanto nos municípios do entorno – parte do leste maranhense incluída. Isso inclui frutas, legumes, verduras, carne, ovos e leite.

Atualmente a cidade sequer dispõe de pesquisas que indiquem quanto se transfere de sua renda para produtores de alimentos de outros Estados, mas considerando o Produto Interno Bruto medido em 2009 (R$ 8,7 bilhões) e o crescimento até 2011, é possível dizer que essa é uma medida em algumas centenas de milhões de reais por ano. Não é algo que se possa desprezar. Trata-se de uma grande fonte de novos e bons negócios.

Com tanto dinheiro em jogo, obviamente que é necessário estimular a agricultura, a pecuária e a agroindústria associada às duas primeiras atividades agroeconômicas, não como um ato de benevolência social do poder público, mas como negócio.

Esses são nichos de mercado não apenas para Teresina, mas para pelo menos três dezenas de cidades situadas em um raio de 80 quilômetros da capital piauiense, que poderiam e deveriam se aproveitar do mercado consumidor de alimentos para turbinar suas economias.

O mesmo se pode dizer da zona rural de Teresina. Embora sua participação no conjunto da população tenha se reduzido nos últimos 50 anos, nos dias atuais moram nas áreas rurais da cidade a mesma quantidade de pessoas que residiam em 1960.

No censo de 1960, havia na zona rural da cidade 44.362 habitantes, ou 31% dos residentes. Meio século depois, o número absoluto até cresceu: 46.673 pessoas moram na área rural da capital piauiense, mas esse contingente responde por apenas 5,73% do conjunto da população. Ainda assim, este é um aglomerado demográfico cuja importância econômica será tanto maior quanto maior for a sua capacidade de produzir alimentos para quem reside na cidade.

Devemos crer que, havendo os estímulos necessários, é possível estimular a agroeconomia como um dos motores de desenvolvimento da cidade de Teresina.

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