quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Obesidade infantil


Além de ajudar no combate a perigos como as drogas – que são um fantasma malévolo a nos atormentar e assombrar recorrentemente – as escolas podem ser aliadas dos pais em outra frente de batalha que, para muitos, sequer chega a ser um problema mais relevante ou alvo de uma preocupação mais amiudada: a obesidade infantil.

Há números bastante conflitantes acerca do percentual de crianças brasileiras que estejam acima do peso. Porém, estudos mais recentes apontam para índice de 10% a 15%. Exames biométricos frequentemente feitos em escolas públicas de Teresina indicaram haver até 13% de crianças do ensino fundamental que estão acima do peso adequado para sua idade.

Os números do IBGE sinalizam para a necessidade de medidas mais urgentes contra o sobrepeso e a obesidade das crianças. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Como tanto a estatística quanto um olhar mais apurado para as crianças revela que o ganho de peso acima do recomendado é um problema, temos que acreditar que a escola deva ser aliada para reduzir a obesidade de crianças e adolescente no presente para termos uma geração de adultos mais magros e mais saudáveis no futuro.

Não se pode, evidentemente, pedir que as crianças renunciem às frituras e às guloseimas industrializadas sem que se dê a elas uma alternativa gostosa e saudável. Por isso é que nas escolas públicas com merenda escolar essa possibilidade é mais fácil: a comida quase sempre tem menos gorduras e açúcares, mais proteínas e vitaminas.

A questão, com efeito, ficaria restrita às escolas particulares ou mesmo às públicas com cantinas que vendem lanches para as crianças. Bem, neste caso, o Estado brasileiro tem orientado para a venda de comidas mais saudáveis: menos frituras, mais frutas.

Ocorre, no entanto, que é preciso educar pelo exemplo, não pela restrição ou pela proscrição do que a criança gosta de comer. Assim, o papel da escola – como dos pais – deve ser o de instruir os pequenos a comer mais hortaliças, frutas e cereais. Mas esse tipo de alimentação que todos sabem saudável só será aceita mediante o exemplo de pais e professores, não em razão de pura e simples proibição.

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