quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sua majestade, o livro


É impressionante como as novidades tecnológicas vêm modificando radicalmente o jeito de viver das pessoas. E tamanha evolução ainda causa espanto aos amantes da máquina de escrever ou dos ainda fanáticos por LPs (os borrachões), por exemplo. Mas hoje (e depois de Steve Jobs) a realidade é outra, pois são as novas tecnologias que ditam as regras e as novas gerações dominam com facilidade qualquer parafernália tecnológica que se apresente a elas.

Nesse contexto, o mercado digital se ampliou de tal forma que o lançamento de e-books, tablet ou kindle é uma nova tendência na sociedade contemporânea, onde o livro digital e os novos suportes de leitura ganham mais espaço.

Diante disso, a discussão em torno do fim da palavra impressa tem produzido amplo debate no meio educacional e literário, especialmente. Afinal, o livro digital e os leitores digitais se tornaram os queridinhos das novas gerações, que são mais diretamente ligadas (ou conectadas) ao universo digital. Porém, é necessário dizer (e não sou apenas eu que digo, mas também um punhado de teóricos dos mais diversos campos do conhecimento), eles não reinarão sozinhos, pois a presença do livro convencional é extremamente forte e marcante na sociedade.

O essencial, a saber, é que o livro na forma como o conhecemos hoje foi fruto de um longo e sólido processo de evolução, foi a primeira tecnologia humana de expressão da palavra impressa, que se consolidou e se tornou tão presente no cotidiano da sociedade ao longo dos séculos, e tem lugar garantido na bolsa, na
mesa de cabeceira, no carro e no coração dos leitores. Livro, caro leitor, é para sempre, ainda que as novidades tecnológicas não parem de surgir.

E embora com a presença de novas mídias, a movimentação do mercado editorial no país atualmente mostra uma força constante de circulação do livro convencional. Desde o ano passado (para ficar só num exemplo), a Editora portuguesa Leya descobriu o Brasil (ela lidera o mercado editorial português de livros de interesse
geral e é a segunda em didáticos). Segundo seus dirigentes, foi o crescimento econômico e por tabela o crescimento do número de leitores, que determinaram a estratégia da chegada ao país.

Então, o que parece ser mais sensato afirmar é que a leitura do livro em papel dialogará pacificamente com as mídias digitais, pois não se pode negar que sua leitura desperta sensações únicas e pode até levar o leitor a fazer descobertas inesperadas. O certo mesmo é que, sua majestade, o livro, continua com o ibope alto, e apesar do que pode parecer, segue conquistando mais prestígio e leitores.




ANGELY COSTA CRUZ
BIBLIOTECÁRIA

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