sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A boa educação


O ministro Fernando Haddad visitou, quarta-feira, em Teresina e em Cocal dos Alves, duas escolas que estão mudando a realidade das crianças e adolescentes que as frequentam, fazendo-as ler mais, estudar mais, ter uma autoconfiança elevada, um amor próprio crescente, uma determinação incomum para vencer, impulsionadas por uma vontade incomum de construírem um futuro mais promissor para si mesmas.

Em Teresina, a Escola Casa Meio Norte é uma iniciativa vitoriosa. Plantada em meio a uma das comunidades mais pobres de Teresina, consegueimprimir aos seus estudantes um ritmo de leitura incomum até mesmo para colégios privados com elevado custo de mensalidade. Não sem razão, as notas estão acima da média nacional nas avaliações do MEC.

Em Cocal dos Alves, a escola de ensino médio Agustinho Brandão é um celeiro de excelentes alunos, com aproveitamento total dos concluintes em universidades públicas, prêmios em olimpíadas de conhecimento – matemática é o carro-chefe - e até um aluno-celebridade, Izael Araújo, vencedor da gincana televisiva Soletrando, da Rede Globo.

O ministro fez os merecidos e protocolares elogios ao desempenho das duas escolas, que surpreendem em um universo de notas quase sempre de medianas para baixas. Mas uma palavra se destaca entre tantas que Fernando Haddad dedicou a falar honestamente bem das duas iniciativas: trabalho.

Como bem disse o professor Antônio Cardoso do Amaral, que comanda a maravilhosa revolução educacional em Cocal dos Alves, seria muito bom se houvesse uma fórmula pronta. Bastava aplicá-la a cada uma das milhares de escolas brasileiras e tudo estaria resolvido. Mas para o êxito é preciso trabalho, envolvimento dos professores, alunos, família, comunidade e do governo. Se um dos atores está fora, a chance de sucesso cai.

Têm sido esses os elementos construtores do êxito em Cocal dos Alves, na Escola Casa Meio Norte e em tantas outras escolas piauienses e brasileiras que, pontualmente, trilham o caminho de um envolvimento de todos os atores no processo educacional. Todos imbuídos, por ampla participação, por praticamente uma obsessão à cata de rendimentos melhores dos estudantes.

Melhor que resultados pontuais que fazem dessas escolas exemplos, é saber que a revolução posta em curso por elas é contagiante. Movidos pelo desejo de também produzirem pessoas melhores e vencedoras, um crescente número de escolas, estudantes, pais e dirigentes começam a se mexer para também brilharem no cenário de uma educação pública que, graças a isso, tende a também brilhar mais.

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