segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Separatistas


De vez em quando surgem os separatistas. Tem sido assim no Sul do Brasil, e desde algum tempo, no Sul do Piauí. Os do sul do Brasil são logo reprimidos, porque a nossa Constituição Federal não admite qualquer tentativa de saída de nenhum Estado da União Federal. Já a divisão de Estado-membro para formação de outro, é plenamente aceita. Os separatistas do sul do nosso Estado, que têm como líder maior um deputado que só vem ao Piauí em época de eleição, para buscar o seu mandato, ou quando integra a comitiva do presidente da República, e a única coisa que faz na Câmara Baixa do Brasil é discursos homenageando
personalidades do mundo elitizado, tem utilizado todo o seu potencial político visando à separação daquela parte do Piauí, para criar, assim, um novo Estado, que seria denominado, provavelmente, de Estado do Gurgueia (por que não Piauí do Sul? Parece que eles não gostam mesmo do Piauí).

Nesse afã, eles lançam mão de tudo que possa manipular a opinião pública e o Congresso Nacional, a quem cabe autorizar a realização do plebiscito através do qual o povo piauiense se manifestará pela criação ou não da nova unidade federativa. Entretanto, três argumentos usados por eles me parecem os mais importantes. E é sobre eles que eu quero desenvolver este modesto artigo. Vejamo-los:

1. A extensão territorial do Estado. Tal argumento é ardiloso, pois, territorialmente, o o Piauí não é tão grande assim. Tem Estados maiores, e que vêm sendo bem administrados. Ademais, com o avanço das telecomunicações e dos transportes não há lugar tão longe que não possa ser alcançado pelas ações do poder público. Para isso tem os municípios, onde reside o povo, que, desde que lhes deem as condições,
podem fazer o que não for possível ao Estado.

2. O descaso dos governantes pela região do Gurgueia. Engodo! O alegado descaso é também para com o norte, é geral. Eles sabem disso. Eles são parte desse descaso. Dos muitos exemplos, eu destaco o Porto de Luiz Correia, que seria uma porta aberta para o desenvolvimento econômico do Piauí, caso fosse concluí-
do. Todo governante, tanto nascido no sul como no norte, promete conclui-lo, termina o mandato e o Porto continua inacabado. O problema é tão somente daqueles que governaram e dos que ora governam o nosso Estado. É assunto encerrado.

3. O desenvolvimento do sul, principalmente do Gurgueia. Mentira! Esses senhores parece que não estão com sinceridade quando falam em desenvolvimento para aquele pedaço do Piauí, pois sempre estiveram no poder, e, por isso, tiveram grande oportunidade de desenvolver a região que eles se dizem representar. Todos eles serviram como bons soldados ao Regime Militar, e pelo mesmo foram beneficiados – e pasmem: ainda o ofendem, chamando-o de autoritário. Que ingratos! Se hoje muitos deles continuam vivos, politicamente, é mérito do dito regime a que serviram. Mas são espertos, ruiu o regime e eles continuaram abrigados na sombra dos governos posteriores, até hoje. Por que não aproveitaram a época do chamado milagre brasileiro, quando vinha dinheiro como água em tempo de bom inverno, para promover o crescimento da região que querem separar? Por que não acionam o governo atual, ao lado de quem estão, para implementar suas ações desenvolvimentistas na região? Por que só com a divisão do Piauí tal desenvolvimento é possível? Que eles respondam com argumentos sustentáveis, pois os que vêm utilizando não dão para convencer quem olha com lucidez para o passado, o presente e o futuro.

Pelo visto, parece que os separatistas piauenses querem mesmo, com essa história de criação do Estado do Gurgueia, é conseguir o que até agora não conseguiram no Piauí: cargo de governador, senador, etc. Eles são separatistas. São falsos piauienses.




JESUS NOÉ E. SANTIAGO
FUNCIONÁRIO PÚBLIC

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