quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Chuva e ação preventiva


Tem sido recorrente neste espaço de opinião do Jornal Meio Norte e se apontarem problemas, sugerirem-se e cobrarem-se soluções para os transtornos que as chuvas causam na cidade de Teresina – e de resto, em grande parte das cidades piauienses, onde a ausência de obras de drenagem e a má qualidade o sistema elétrico criam as condições ideais para infernizar a vida dos moradores sempre que chove.

Na noite de terça-feira e madrugada de ontem, a cidade experimentou o caos que se segue a uma chuva mais forte acompanhada de ventos e descargas atmosféricas: ruas alagadas e escuras, milhares de pessoas sem energia, sinais luminosos que não funcionavam, serviços de telefonia móvel com suas falhas de sempre agravadas por um evento meteorológico mais severo.

Compreende-se que em uma cidade com muitas árvores e uma fiação elétrica aérea, uma chuva com vento possa, sim, ocasionar o desligamento da energia, porque os sistemas de proteção das redes de distribuição atuam neste sentido. O que não se pode compreender, tampouco aceitar, é que, tendo havido em 29 de setembro deste ano uma chuva com fortes ventos que causou blecaute, a companhia de energia – Eletrobras Piauí – não se tenha cercado de cuidados e ações preventivas para novas chuvas com grandes rajadas de vento.


Também não é aceitável que a Prefeitura de Teresina, através das suas Superintendências de Desenvolvimento Urbano, não se tenha precavido com a limpeza de galerias, o que certamente não
resolveria o problema dos pontos de alagamento, mas poderia reduzir o impacto das águas que enchem as ruas e avenidas em diversas regiões da cidade.

O que se tem dito neste espaço é que Teresina – como de resto as demais cidades piauienses – necessitam de obras de drenagem e de melhorias nas redes de distribuição de energia. Nos dois casos, os investimentos somam quantias bastante elevadas na casa das centenas de milhões de reais. Sendo demorados esses investimentos, o mínimo que se poderia fazer é atuar preventivamente, dispor de equipes para ações emergenciais, de modo a reduzir os transtornos. Isso, infelizmente, ninguém parece estar disposto a fazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário