sábado, 21 de abril de 2012

Vitória do governo Dilma


O governo federal vem perseguindo, como parte do esforço de incentivar o crescimento da economia e a geração de empregos, a redução real das taxas de juros. Em razão de distorções da estrutura econômica
brasileira, do poderio do sistema financeiro e da fragilidade das contas pública, as taxas de juros no Brasil sempre estiveram entre as maiores do mundo. Quem não lembra das constantes e inócuas reclamações do ex-presidente Itamar Franco?. O vice, José Alencar, também tinha fixação por este assunto.

Lula recebeu a faixa presidencial de FHC com a taxa básica do Banco Central (a Selic) em 24,9%. O dragão da inflação estava atiçado e Lula teve que elevar a taxa a 26,32% em maio de 2003. Depois, à
medida em que o governo recuperou a capacidade de fazer a economia crescer e ao mesmo tempo controlar a inflação, a taxa passou a cair progressivamente e Lula entregou a faixa a Dilma junto com uma taxa Selic de 10,66% (dez/10/jan11).

Todavia, o que agora ocorre no Brasil é uma grande novidade. De um lado, o Banco Central continua baixando a Selic, que agora está em 9% ao ano; enquanto, de outro lado, pela primeira vez, a redução de juros chega de modo vigoroso aos clientes dos bancos.

O Banco do Brasil e Caixa partiram na frente ao baixarem, de modo significativo, as taxas de todas as suas linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas nos dias 04/04 e 05/04. Sob pressão da concorrência dos bancos públicos, os bancos privados foram obrigados a reduzir suas taxas. Primeiro foi o HSBS (dia 12/04), depois o Santander (em 17/04) e finalmente o Bradesco e Itaú (em 18/04).

O fato demonstra mais uma vez a importância do país possuir grandes bancos públicos, mesmo preservando bastante espaço para os bancos privados. Sem a atuação do BB e da CEF como bancos de
desenvolvimento, comprometidos com políticas governamentais aprovadas pela população na última eleição, ao eleger Dilma e dar expressiva votação ao PT no parlamento, as taxas de juros praticadas pelos
bancos continuariam descoladas das quedas da taxa básica do Banco Central, isto é, os bancos privados continuariam cobrando taxas de agiotas.

Com a palavra os tucanos e “democratas” para explicarem porque queriam privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.




MERLONG SOLANO NOGUEIRA
PROFESSOR DA UFPI, DEPUTADO
ESTADUAL-PT, SEC DAS CIDADES

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