quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dever de todos

A greve de professores que se arrasta em Teresina e atinge também docentes do ensino estadual é apenas parte de um problema cada vez maior, que é o nãoavanço na qualidade educacional. Resulta essa estagnação de má vontade, inépcia ou até mesmo de uma teoria conspiratória maluca de um urdido plano maléfico das elites malvadas para manter os pobres cada vez mais pobres, como discursam sindicalistas e militantes desvairados.

A escola não melhora por decreto, tampouco vai ter maior qualidade pelo ato simplista de se dar aumentos lineares para profissionais da educação. Sem que haja compromisso de todas as partes – pais, professores, sociedade, governo – é improvável que se avance rumo à qualidade do ensino, seja público, seja privado, seja filantrópico ou confessional.

Como melhorar a escola é um desafio diário. Não é construção estanque, em concreto, aço, madeira e
alvenaria.

Melhoria da qualidade do ensino é um esforço social que requer a decidida e continuada participação de todos. Nele se inclui, claro, uma continuada política de valorização do magistério, com salários mais justos, meio ambiente de trabalho adequado, uma boa retaguarda pedagógica. Mas não pode ficar no professor ou sobre seus ombros toda a carga da enorme responsabilidade de fazer uma escola de maior qualidade.

Um dos elementos mais importantes na composição de uma escola boa está na família. Se as famílias – sobretudo com filhos em escolas públicas – não se dispuserem a serem sujeitos ativos no sistema de ensino, então dificilmente se vai avançar rumo a uma educação de maior qualidade.

Também a sociedade precisa acordar para tanto. E por sociedade é bom que percebamos o conjunto das famílias, não somente daquelas que em maior número mantêm seus filhos na rede pública de ensino. Isso significa que melhoria da educação é um compromisso de todos os que querem viver em um país mais próspero e justo.

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